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Análise do 'Gran Turismo': onde a tecnologia chamativa encontra clichês grosseiros

Mar 06, 2024

Archie Madekwe e David Harbour estrelam "Gran Turismo". Crédito: Columbia Pictures/Gordon Timpen

TRAMAUm jogador de videogame de corrida experimenta a coisa real.

ELENCOArchie Madekwe, David Harbor, Orlando Bloom

AVALIADOPG-13 (linguagem e alguma ação)

COMPRIMENTO2:15

ONDETeatros da área

LINHA INFERIORUm pastiche de clichês de filmes esportivos, mas as cenas de corrida aceleradas vão mantê-lo ligado.

Depois de inúmeras horas ao volante de um videogame, um adolescente tem a chance de competir na vida real no drama esportivo “Gran Turismo”. Como cinebiografia de um nativo digital, “Gran Turismo” é certamente um filme para o nosso momento – uma celebração a todo vapor do virtual sobre o que os velhos ainda chamam de “realidade”.

O garoto é Jann Mardenborough, do País de Gales, cujo minuto livre e cada dólar gasto são gastos no Gran Turismo, o jogo que recria as melhores pistas de corrida e os carros mais legais com detalhes extremamente precisos. (Seu criador, Kazunori Yamauchi, interpretado por Takehiro Hira, é apresentado a nós como algo como uma divindade viva.) Jann, interpretado por Archie Madekwe (“Midsommar”), é emblemático de uma nova divisão geracional: ele e seu pai (Djimon Hounsou) não fazem quase nada juntos, exceto discutir sobre o tempo de tela.

Mas então Jann ganha uma vaga na GT Academy, que prepara os melhores jogadores do jogo para competir em corridas reais. Entra Jack Salter, o relutante treinador de Jann - e um personagem fictício feito de peças sobressalentes de outros filmes. Outrora uma estrela ao volante, agora o mecânico do carro, Jack ouve Black Sabbath em um antigo Walkman para abafar seus arrependimentos. Ele é Robert Duvall de “Days of Thunder”, Dennis Hopper de “Hoosiers”, Paul Newman de “The Color of Money” - e se alguém além do grande David Harbour (“Stranger Things”) tivesse desempenhado esse papel de amor duro, falas tipo “Vou provar que você não tem o que é preciso!” nunca voaria.

Os personagens, em geral, não são o forte deste filme. Jann é um garoto legal, carinhosamente quadrado (ele ouve Enya e Kenny G), mas no final das contas ele é um vazio. Um piloto profissional chamado Capa (Josha Stradowski) é um vilão genérico: arrogante, rico, etc. Mais interessante é o executivo de marketing Danny Moore interpretado pelo escorregadio Orlando Bloom. A GT Academy é uma ideia de Moore, e ele fará praticamente qualquer coisa por um pouco de boa publicidade. (Moore também é fictício, mas inspirado em uma figura real.)

O que faz com que “Gran Turismo” valha a pena assistir por mais de duas horas são as sequências dinâmicas de corrida. O diretor Neill Blomkamp (do filme de ficção científica sui generis “Distrito 9”; ele também co-escreveu este roteiro) realmente nos colocou no banco do motorista, usando câmera rápida e gráficos de jogo para nos ajudar a visualizar a física e a geometria do alto -corridas de velocidade. Um momento de tirar o fôlego chega na pista de Nürburgring, na Alemanha, quando o carro de Jann decola e, de forma horrível, mata um espectador.

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Com sua mistura de tecnologia chamativa e clichês grosseiros, “Gran Turismo” proporciona uma experiência de visualização acidentada, mas às vezes emocionante. Fique para os créditos finais, nos quais os criadores do jogo, armados com scanners a laser, se aglomeram em torno de um automóvel novo e reluzente para criar seu clone digital. Virtual, realidade — qual é a diferença?

EntretenimentoFilmesPor Rafer GuzmánTRAMAELENCOAVALIADOCOMPRIMENTOONDELINHA INFERIORInscreva-se no boletim informativo de entretenimento do NewsdayPor Rafer Guzmán